Agenda da presidente
Na manhã da última quarta-feira (1/02), reuniram-se na sede do Sindicato dos Policiais Federais em Goiás (SINPEF-GO), representantes das categorias dos profissionais da Segurança Pública em Goiás para estabelecerem procedimentos em relação a ida à Brasília no próximo dia 08 de fevereiro, para a manifestação contra a reforma da previdência, especialmente em relação a retirada da atividade de risco para aposentadoria dos policiais e profissões congêneres. Participaram as entidades: AGT BRASIL, APPEGO, ASPEG-GO, FEIPOL-CON, SINATRAN-APARECIDA/GO, SINDEPOL, SINDPERÍCIAS-GO, SINPEF-GO, SINPOL-GO, SinPRFGO, SINSEP-GO e UGOPOCI.
A união de todos esses líderes regionais é uma prévia do que ocorrerá em Brasília na próxima semana, onde policiais de todo o país se unirão como elos de uma corrente muito poderosa.
De forma alguma nós, profissionais da segurança pública, vamos aceitar a insensibilidade dos autores da PEC 287 ao não levar em consideração as peculiaridades das atividades de nossas profissões, que fazem com que nossa expectativa de vida seja muito menor que a absoluta maioria da população. Pois, além de todas as circunstâncias que mensuram a longevidade das pessoas, temos como fatores diferenciadores a morte em serviço no combate à criminalidade, mortes encomendadas por facções, morte em nossas folgas quando nos deparamos com um crime, o qual temos o dever de combater a qualquer momento, estando ou não em serviço, o maior índice de suicídios de todas as profissões do mundo, doenças adquiridas (físicas e mentais), etc.
É isso que devemos mostrar aos parlamentares e à sociedade. Enquanto os profissionais de segurança pública são tratados como heróis e muito respeitados noutros países, no Brasil somos vítimas de imenso preconceito e marginalizados como vilões do povo.
É certo que nas instituições policiais e análogas, como em qualquer outro segmento profissional, podem ter criminosos infiltrados, mas há muito estamos cortando em nossa própria carne para extirpar esses maus elementos.
Queremos dizer para a sociedade, a qual devemos proteger de todas as formas, que não somos inimigos e não queremos nenhum privilégio, apenas que pesem todas as mazelas de nossas atividades profissionais e façam um julgamento para saberem se o que estamos querendo é justo ou não.
Vivemos em uma guerra onde somos a principal trincheira para que as famílias brasileiras vivam em paz. Mas nós e nossas famílias temos muito pouca paz, justamente para podermos preservar a paz na sociedade.
Paulo Afonso da Silva
Presidente do Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais Em Goiás - SinPRF-GO