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O número alarmante de suicídios entre Policiais brasileiros foi tema de discussão na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, na Câmara dos Deputados. Entidades e representantes de forças policiais discutiram o tema em audiência pública na última quarta-feira (30).
De acordo com Marcelo Azevedo, diretor jurídico da FenaPRF, o índice mortes dos policiais (2,4 vezes maior que a população brasileira) gera um nível de estresse muito grande nos policiais.
“Os policiais trabalham com coletes vencidos, que não atendem critérios de peso ideal, flexibilidade pro policial. Temos uma legislação arcaica que força o policial a se deslocar por quilômetros para registrar uma ocorrência de menor potencial ofensivo, têm carreiras desvalorizadas e divididas, tudo isso gera um nível de estresse muito grande”, explicou Azevedo.
Marcelo Azevedo também apresentou dados de um estudo realizado em conjunto pela FenaPRF, Fenapef e Sinpol-DF, acerca da saúde dos policiais rodoviários federais, policiais federais e policiais civis do DF, de acordo com os números mostrados, 94% dos agentes de segurança público entrevistados sofrem com nível alto ou médio de estresse ocupacional. O índice de suicídio entre os policiais das carreiras pesquisadas é três vezes maior que a média brasileira.
O representante dos PRFs criticou a falta de atenção governamental com a saúde dos policiais. “Não há qualquer tipo de estudo relacionado à saúde mental dos servidores policiais da União. São as entidades que representam os policiais que buscam promover estudos para levantar os dados para gerar políticas de atendimento psicossocial e de saúde para esses policiais”, disse.
FONTE: FENAPRF