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Dando continuidade às ações em defesa da aposentadoria policial, a UNIÃO DOS POLICIAIS DO BRASIL Goiás, composta pelas entidades representativas das categorias de segurança pública do Estado, promoveu em 20/02/2017, na sede do Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais SinPRF-GO, um café da manhã onde foram convidados parlamentares goianos e gestores dos órgãos de segurança pública.
Inicialmente, após o presidente do SinPRF-GO dar boas-vindas a todos e ressaltar a importância da união dos policiais e demais agentes de segurança pública na defesa da aposentadoria policial, foi lida uma carta destinada aos parlamentares onde foram pontuados argumentos demonstrando de forma muito clara que a aposentadoria por atividade de risco é necessária para atenuar os danos que esses profissionais sofrem ao longo de suas vidas em todos os contextos.
A Deputada Flávia Moraes, em sua fala disse que antes de se falar em reforma previdenciária deve ser realizado um estudo para saber o real déficit da previdência. Citou um estudo da Associação Nacional dos Auditores da Receita-ANFIP, que demonstrou que tem como garantir os pagamentos das aposentadorias sem precisar mexer nos direitos dos trabalhadores. Disse que é retirado trinta por cento dos recursos da previdência através da DRU Desvinculação das Receitas da União, para pagar a dívida pública. Também ressaltou que as desonerações das folhas das grandes empresas tiram recursos da previdência mesmo o governo argumentando que isso é importante para gerar empregos acha que essas desonerações só poderiam ser feitas quando o fundo da previdência estiver superavitário. Que por tudo isso sua bancada vai votar contra a reforma da previdência de uma forma geral.
O Delegado Waldir disse que há uma campanha para a destruição do sistema policial devido às ações permanente para dividir as categorias de segurança pública. Afirmou que conversou com o relator e o presidente da comissão especial que trata da reforma da previdência. Acredita que parte do governo está sensível a causa da aposentadoria policial, mas que cada parlamentar tem sua convicção e que ele não tem como mudar o pensamento de cada um deles. Disse que está atento a situações de todas as categorias além das dos policiais. Disse que no primeiro momento não devemos radicalizar para que não percamos o apoio da população e acredita que essas reformas todas de uma vez, previdenciária, trabalhista e outras está servindo para tirar o foco de problemas muito mais graves por que passa o governo. Ressaltou que também participou de reuniões com os auditores fiscais e foi lhes repassado a real situação da previdência. Pensa que uma reforma deve ser feita, mas não penalizando apenas os mais fracos, pois algumas categorias têm muitos privilégios e isso precisa ser mudado, todavia deixou claro que os policiais não estão neste rol.
Por sua vez, o Deputado João Campos afirmou que é grande a satisfação de ver essa união de todas as instituições policiais em defesa de um ponto comum. Fez uma retrospectiva de sua atuação para a defesa da aposentadoria policial e das reuniões que fez com o alto escalão do governo. Interlocuções com o Ministro da Justiça, com o presidente da câmara dos deputados, com integrantes da Comissão especial e com o próprio Presidente da República. Que o Ministro da Justiça disse que o Presidente da República garantiu que o tratamento diferenciado na reforma da previdência seria apenas para as categorias que estão no art. 144. Apesar de estar otimista em relação a reforma da previdência policial, pediu para não esmorecermos. Disse ao Presidente que o problema ocorrido no Espírito Santo em relação ao caos devido à greve da PM pode se alastrar por outras UFs. Segundo o deputado o Presidente se mostrou muito preocupado com essa possibilidade. Falou que não basta retirar as categorias dos policiais da PEC 287 e tratar da questão numa lei complementar, antes disso a constituição deve garantir os direitos de uma aposentadoria diferenciada para os profissionais de segurança pública. Disse que assessores do governo sabem que não se pode separar a periculosidade apenas pela função, mas, sim, pelo cargo, e que estatisticamente morrem mais policiais assassinados em sua folga do que em serviço. Pediu que continuemos unidos e com foco para que consigamos alcançar nossos objetivos.
Além dos três deputados que compareceram ao evento, outros cinco deputados que não puderam participar enviaram assessores, Flávio Cangdo representando a deputada Magda Mofatto, Natália Sales representando o deputado Marcos Abrão, Valdeci Camargo representando o deputado Alexandre Baldy, Cris Abreu representando o deputado Rubens Otoni e Douglas Abraan representando o deputado Pedro Chaves. Todos eles repassaram a mensagem de apoio à nossa causa, com o compromisso dos deputados aos quais estavam representando de receberem os representantes classistas das categorias de segurança pública em seus gabinetes.
Outras presenças importantes foram dos gestores de órgãos de segurança pública, os quais manifestaram total apoio ao movimento em defesa da aposentadoria policial. São eles: Álvaro de Resende Filho, superintendente da Polícia Rodoviária Federal em Goiás, Felisberto Rodrigues Tavares, Secretário da Secretaria Municipal de Trânsito de Goiânia, Rejane Sena Barcelos, superintendente da Polícia Técnico Científica de Goiás, Álvaro Cássio dos Santos, Delegado Geral da Polícia Civil do Estado de Goiás, André Viana Andrade, Superintendente Substituto da Polícia Federal em Goiás e Renato Antônio Borges Dias, Diretor Geral da Polícia Rodoviária Federal que compareceu ao evento para solidarizar com as categorias de segurança pública.
Fonte: UNIÃO DOS POLICIAIS DO BRASIL Goiás